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Ação oferta Implanon para mulheres indígenas em Rio Branco; método evita gravidez por até 3 anos

Mutirão oferta Implanon para mulheres indígenas em Rio Branco Mulheres indígenas de 14 a 49 anos que vivem em contexto urbano em Rio Branco já podem ter ace...

Ação oferta Implanon para mulheres indígenas em Rio Branco; método evita gravidez por até 3 anos
Ação oferta Implanon para mulheres indígenas em Rio Branco; método evita gravidez por até 3 anos (Foto: Reprodução)

Mutirão oferta Implanon para mulheres indígenas em Rio Branco Mulheres indígenas de 14 a 49 anos que vivem em contexto urbano em Rio Branco já podem ter acesso ao Implanon, um implante contraceptivo oferecido pela rede pública, capaz de prevenir a gravidez por até três anos. (Entenda mais abaixo como funciona) A ação integra o atendimento voltado a públicos específicos, como adolescentes, mulheres em situação de rua, privadas de liberdade e indígenas. As interessadas no método devem procurar a unidade de saúde mais próxima para serem cadastradas na fila de regulação. 📲 Participe do canal do g1 AC no WhatsApp Além disso, o objetivo, segundo a organização, é reduzir barreiras culturais e institucionais e garantir um espaço de escuta, diálogo e acesso a métodos contraceptivos disponíveis na rede pública. O atendimento inclui acolhimento, avaliação, rodas de conversa sobre planejamento familiar e testagem rápida para HIV, sífilis e gravidez. O método é considerado eficaz, seguro e de baixa manutenção, e tem sido buscado por mulheres que desejam adiar a maternidade ou garantir maior autonomia reprodutiva. LEIA MAIS: Acre inicia vacinação contra vírus sincicial para gestantes após receber 3,8 mil doses: 'Cuidado extra' Acre é o estado com o maior percentual de mães com até 19 anos em 2023, aponta IBGE Adolescentes de 14 a 18 anos passam a ter acesso gratuito ao DIU hormonal em Rio Branco; saiba como solicitar Entre as participantes, Nawashahu Yawanawá relatou que decidiu aderir ao método pela dificuldade histórica de acesso aos serviços e pela preocupação com o futuro da filha. ''Fiz a minha laqueadura há seis anos atrás porque a dificuldade é muito grande. Hoje, o problema tem sido garantir estudo, educação e acesso à saúde. Por isso, não quero que minha filha engravide agora e essa ação é muito boa'', contou. A chefe da Divisão da População Indígena da Saúde, Ângela Oliveira, reforçou que o atendimento está sendo ampliado e orientou que todas as mulheres interessadas procurem as unidades básicas. “Quero colocar para as nossas mulheres do município de Rio Branco que procurem as nossas unidades de saúde. Nós já estamos cadastrando na fila de regulação e vamos atender futuramente em todas as unidades. A gente já está atendendo e vamos atender todas as mulheres que estão na fila”, explicou. Representando organizações de mulheres indígenas do Acre, Xipu Shanenawa afirmou que a iniciativa tem como foco garantir autonomia, e não controlar a reprodução das mulheres. “Me perguntaram se era um controle por parte das mulheres indígenas. Eu não acho um controle, mas uma decisão delas mesmas, de fazer parte desse momento e de ter outros objetivos a serem alcançados. É uma decisão delas, e a gente respeita”, completou. Anticoncepcional hormonal conhecido como Implanon é oferecido em Rio Branco Reprodução Como funciona O Implanon é uma pequena haste flexível inserida sob a pele do braço, em um procedimento simples realizado em consultório médico com anestesia local. Ele libera continuamente o hormônio etonogestrel, um derivado da progesterona, que impede a ovulação e, consequentemente, a gestação. Com duração de até três anos, o dispositivo é considerado o método mais eficaz de proteção contra a gravidez disponível no mercado. A taxa de falha é de 0,05%, menor que a da vasectomia (entre 0,1% e 0,15%) e do DIU hormonal (0,2% a 0,8%) . Regras e contraindicações Apesar da eficácia, o Implanon não deve ser utilizado por mulheres com histórico de câncer de mama, doença hepática grave, sangramento vaginal sem diagnóstico ou alergia ao etonogestrel. Entre os possíveis efeitos adversos estão dor, inchaço ou hematoma no local da aplicação; em casos raros, pode ocorrer infecção, geralmente associada a falhas técnicas no procedimento. VÍDEOS: g1