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MPPE denuncia suspeitos de matar menina de 4 anos e esconder corpo em cacimba

Esther Izabelly, de 4 anos, foi encontrada morta dentro de cacimba em São Lourenço da Mata, no Grande Recife Acervo pessoal/Reprodução O Ministério Públic...

MPPE denuncia suspeitos de matar menina de 4 anos e esconder corpo em cacimba
MPPE denuncia suspeitos de matar menina de 4 anos e esconder corpo em cacimba (Foto: Reprodução)

Esther Izabelly, de 4 anos, foi encontrada morta dentro de cacimba em São Lourenço da Mata, no Grande Recife Acervo pessoal/Reprodução O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) ofereceu denúncia contra dois homens e uma mulher por envolvimento na morte de Esther Izabelly Pereira da Silva, de 4 anos. A menina foi encontrada morta dentro de uma cacimba em São Lourenço da Mata, no Grande Recife, em outubro deste ano. A denúncia foi oferecida pela 1ª Promotoria de Justiça Criminal de São Lourenço da Mata à Vara Criminal do município. Os suspeitos foram denunciados menos de dez dias depois que o MPPE devolveu o inquérito à Polícia Civil, pedindo novas diligências. O g1 procurou o órgão para entender o que fez a promotoria mudar de posição em tão pouco tempo. A instituição disse que não vai informar "detalhes adicionais". ✅ Receba as notícias do g1 PE no WhatsApp De acordo com o Ministério Público, foram denunciados os três suspeitos apontados pela polícia durante as investigações. São eles: Fernando Santos de Brito, pelos crimes de homicídio qualificado, com meio cruel e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima, e ocultação de cadáver; Fabiano Rodrigues de Lima, irmão de Fernando, por ocultação de cadáver e fraude processual; Uilma Ferreira dos Santos, também por ocultação de cadáver e fraude processual. Veja os vídeos que estão em alta no g1 Dos três denunciados, Fernando Santos de Brito e Uilma Ferreira dos Santos foram indiciados após a conclusão do inquérito conduzido pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Na época, a polícia chegou a informar que não indiciou Fabiano Santos de Brito por falta de provas. Conforme as investigações, Fernando Santos foi o responsável pela morte da menina e por esconder o corpo na cacimba, enquanto Uilma Ferreira teria ajudado o criminoso tentou encobrir os indícios do crime na casa onde a criança foi assassinada (saiba mais abaixo). Segundo o MPPE, a Justiça manteve, a pedido do órgão, a prisão preventiva de Fernando Santos de Brito e converteu as prisões de Fabiano Rodrigues e Uilma Ferreira em medidas cautelares. O g1 perguntou ao MP e ao Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) quais foram as medidas cautelares impostas, mas não obteve resposta. Também tenta contato com as defesas de Fernando Santos de Brito, Uilma Ferreira dos Santos e Fabiano Rodrigues de Lima. LEIA TAMBÉM 'Era meu xodó', disse pai da vítima 'Pior experiência da minha vida', afirmou tio que encontrou corpo Como foi o crime, segundo a polícia Esther Izabelly foi encontrada morta em 21 de outubro, dentro de uma cacimba localizada no quintal de uma casa na comunidade onde morava com a família. Um preservativo foi encontrado ao lado do corpo, mas a investigação descartou que ela tenha sofrido um estupro, já que não foram encontrados indícios de violência sexual na vítima. De acordo com a polícia, a causa da morte foi traumatismo craniano. Fernando Santos de Brito foi indiciado por homicídio e ocultação de cadáver. Já Uilma Ferreira dos Santos, apenas por ocultação de cadáver. O irmão de Fernando, Fabiano Rodrigues de Lima, chegou a ser preso durante as investigações, mas, por falta de provas, não foi indiciado. Apesar de ter apontado a autoria, a polícia informou que não sabe, até o momento, qual foi a motivação do crime e todos os envolvidos negaram envolvimento no caso. Conforme a delegada Juliana Bernart, os indícios da investigação apontam que a dinâmica do crime aconteceu da seguinte maneira: Esther estava em casa com a mãe e os irmãos no dia 20 de outubro; a mãe, amigos e familiares estavam bebendo e Fernando Santos de Brito, vizinho da família, se juntou ao grupo; por volta das 16h, as crianças pediram para jogar futebol em um campinho próximo; algum tempo depois, Fernando disse que iria comprar cerveja e foi embora da casa; no começo da noite, a mãe se deu conta do sumiço de Esther e começou a procurá-la com a ajuda de vizinhos; um dos irmãos da menina contou à família que ela foi levada por um homem e apontou a casa de Fernando; vizinhos foram até o local e encontraram Fernando nu. Ele justificou que encontrou uma mulher no bar e a levou para casa para ter relações sexuais; Uilma, que não estava na casa no momento do crime, foi até o local e começou a se desfazer dos móveis durante um protesto que os vizinhos realizaram após o desaparecimento da garota; a mulher, que era parceira de Fernando, iniciou uma faxina no quarto dele, lavou a casa, e pediu a ajuda de Fabiano, que também morava no local; a corpo de Esther foi encontrado submerso numa cacimba, na casa dos irmãos, na manhã do dia 21 de outubro; a cacimba estava fechada com uma placa de concreto e tem cerca de 3,7 metros de profundidade. A delegada contou, ainda, que Uilma tinha um relacionamento conturbado com Fernando. Vizinhos contaram à polícia que ele era usuário de drogas e tinha comportamento agressivo ao beber. Segundo ela, Uilma morava com a dupla na casa onde aconteceu o crime, mas se mudou há cerca de dois meses por sofrer violência doméstica. Juliana Bernart disse acreditar que Fernando pediu a ajuda dela para ocultar os vestígios da morte de Esther. A mulher chegou a ligar para Fabiano, na manhã seguinte ao crime, para contar que a menina tinha sido vista viva em outro local e bloqueou o número do cunhado após o contato. A ligação telefônica foi um dos elementos considerados pelos investigadores como indício da participação dela e da inocência de Fabiano. VÍDEOS: mais vistos de Pernambuco nos últimos 7 dias