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TH Joias empregou esposa de traficante Índio do Lixão na Alerj para criar álibi, diz PF

Th Joias e Fernanda Castro Reprodução As investigações da Polícia Federal e do Ministério Público Federal (MPF) contra o deputado estadual Thiego Raimund...

TH Joias empregou esposa de traficante Índio do Lixão na Alerj para criar álibi, diz PF
TH Joias empregou esposa de traficante Índio do Lixão na Alerj para criar álibi, diz PF (Foto: Reprodução)

Th Joias e Fernanda Castro Reprodução As investigações da Polícia Federal e do Ministério Público Federal (MPF) contra o deputado estadual Thiego Raimundo dos Santos Silva, o TH Joias, levaram à descoberta de que Fernanda Ferreira Castro, esposa do traficante Gabriel Dias Oliveira, o Índio, foi nomeada para um cargo na Assembleia Legislativa (Alerj). Fernanda Ferreira Castro passou oito meses como assistente no Departamento de Legislação de Pessoal. O objetivo, segundo os investigadores, era melhorar a imagem da mulher nas redes sociais e ajudá-la a criar um álibi caso fosse abordada pela polícia. Índio é suspeito de chefiar o tráfico na favela do Lixão, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, e de fornecer fuzis para o Comando Vermelho. Ele e TH são dois dos 15 presos na operação de quarta-feira – eram 18 mandados. Deputado preso por tráfico: segundo a PF, TH Joias comprava e vendia armas e drogas pra quadrilhas Fernanda foi alvo de buscas e teve o celular apreendido. Ela não foi encontrada para comentar o caso. "Ele empregou a esposa do traficante Índio, na Alerj, como assessora dele. E queria com isso proteger, agradar e proteger o criminoso. Também ofereceu a um traficante, chefe do Complexo do Alemão, o Pezão de colocar a esposa ou um familiar na Assembleia Legislativa. Em determinada passagem ele fala que é bom ela tirar fotos. Ela aparece nas redes sociais como assessora, porque quando tivesse operação na comunidade, ele poderia mostrar para polícia 'olha, eu trabalho, eu trabalho, meu marido é produtor de eventos'. Para apaziguar a situação do esposo", explicou o superintendente da PF. Fernanda Castro Reprodução Dois fuzis vendidos A Polícia Federal investigou TH por intermediar a venda de dois fuzis, de calibre 5,56 no valor de R$ 120 mil para traficantes do Comando Vermelho. Segundo investigações, TH Joias, usava o mandato como deputado estadual do Rio para atender aos interesses de quadrilhas que aterrorizam o estado. "Ficou constatada a venda, o comércio ilegal de drogas e armamentos, não só para o Comando Vermelho, como também, para o Terceiro Comando Puro e para a ADA (Amigos dos Amigos)", afirmou o superintendente da PF, no RJ, o delegado Fábio Galvão. O deputado também é acusado de comprar equipamentos antidrone para que os bandidos pudessem atrapalhar operações policiais, além de lavagem de dinheiro. A defesa do deputado TH Jóias não foi encontrada para comentar o caso. TH Jóias na época da sua prisão, em 2017; PMs estão sendo investigados por fazer a segurança dele Reprodução Suspeita de vazamento TH não foi encontrado em casa, um dos condomínios mais luxuosos do Rio, na manhã desta quarta-feira quando a PF foi prendê-lo. Segundo os agentes, TH Jóias foi localizado na casa de um amigo a 20 minutos de sua residência. A polícia abriu uma investigação para apurar como TH ficou sabendo da operação. Foi através de vazamento de informações que, segundo a polícia, o delegado Gustavo Steel, da PF ganhou a confiança do tráfico. Essa relação o aproximou do grupo de TH Jóias. Nas redes sociais, ele publica fotos e vídeos que ostentam um estilo de vida luxuoso. Há duas semanas, a noiva de Steel mostrava um anel feito pelo deputado preso, que é marcado na foto. Gustavo Steel é suspeito de receber propina do Comando Vermelho para entregar informações sobre investigações contra traficantes. O delegado foi preso enquanto dormia no plantão, dentro da delegacia da PF no Aeroporto Internacional do Galeão. A polícia também esteve no gabinete de TH Jóias na Alerj. Delegado federal Gustavo Steel Reprodução